quarta-feira, 28 de abril de 2010
Crise_02_História_ José Sarney
O Governo De José Sarney (1985 - 1990)
1. O Governo de José Sarney (1985 - 1990)
Durante o governo de José Sarney consolidou-se o processo de redemocratização do País, o qual garantiu à maioria da população brasileira o direito à participação na vida política nacional. Nesse sentido foi restabelecido o direito de voto, a garantia de amplas liberdades sindicais, além da convocação da Assembléia Nacional Constituinte, encarregada de elaborar uma nova Carta Constitucional devolvendo o País à democracia.
Para fazer frente às dificuldades econômicas, o Governo estabeleceu, em fevereiro de 1986, inúmeras medidas que visavam a reverter o quadro inflacionário. O então ministro da Fazenda, Dilson Funaro, criou um plano econômico, o chamado Plano Cruzado, que contou com amplo apoio da sociedade de uma maneira geral e, por algum tempo, apresentou efeitos promissores.
O sucesso inicial do Plano Cruzado garantiu a Sarney e ao partido do Governo, uma estrondosa vitória nas eleições para os governos estaduais e para o Congresso Nacional, em novembro de 1986.
Porém, logo no final de 1986, a situação reverteu-se, e o Plano demonstrou seu fracasso frente à falta de mercadorias, às inúmeras pressões por aumentos e à generalizada cobrança de ágio na compra de produtos.
Outros planos foram postos em prática durante o Governo, que, não sendo eficazes, contribuíram para aprofundar a crise econômica e financeira do País. Ao descontrole financeiro juntavam-se o peso da dívida externa, o descrédito do Brasil no mercado internacional, com ausência de investimentos estrangeiros, e a enorme dívida interna do Governo, pois a arrecadação de tributos não atendia aos compromissos existentes.
No final do mandato de José Sarney, as forças políticas que compunham o Governo estavam muito desacreditadas. A oposição conquistava cada vez mais força. Em fins de 1989, realizaram-se as primeiras eleições diretas presidenciais após o Golpe de 1964. Depois de acirrada disputa entre o candidato do PT (Partido dos Trabalhadores), Luís Inácio Lula da Silva, e Fernando Collor de Mello, candidato do PRN (Partido da Renovação Nacional), apoiado pela direita e pela população mais pobre, Fernando Collor saiu vencedor.
1. O Governo de José Sarney (1985 - 1990)
Durante o governo de José Sarney consolidou-se o processo de redemocratização do País, o qual garantiu à maioria da população brasileira o direito à participação na vida política nacional. Nesse sentido foi restabelecido o direito de voto, a garantia de amplas liberdades sindicais, além da convocação da Assembléia Nacional Constituinte, encarregada de elaborar uma nova Carta Constitucional devolvendo o País à democracia.
Para fazer frente às dificuldades econômicas, o Governo estabeleceu, em fevereiro de 1986, inúmeras medidas que visavam a reverter o quadro inflacionário. O então ministro da Fazenda, Dilson Funaro, criou um plano econômico, o chamado Plano Cruzado, que contou com amplo apoio da sociedade de uma maneira geral e, por algum tempo, apresentou efeitos promissores.
O sucesso inicial do Plano Cruzado garantiu a Sarney e ao partido do Governo, uma estrondosa vitória nas eleições para os governos estaduais e para o Congresso Nacional, em novembro de 1986.
Porém, logo no final de 1986, a situação reverteu-se, e o Plano demonstrou seu fracasso frente à falta de mercadorias, às inúmeras pressões por aumentos e à generalizada cobrança de ágio na compra de produtos.
Outros planos foram postos em prática durante o Governo, que, não sendo eficazes, contribuíram para aprofundar a crise econômica e financeira do País. Ao descontrole financeiro juntavam-se o peso da dívida externa, o descrédito do Brasil no mercado internacional, com ausência de investimentos estrangeiros, e a enorme dívida interna do Governo, pois a arrecadação de tributos não atendia aos compromissos existentes.
No final do mandato de José Sarney, as forças políticas que compunham o Governo estavam muito desacreditadas. A oposição conquistava cada vez mais força. Em fins de 1989, realizaram-se as primeiras eleições diretas presidenciais após o Golpe de 1964. Depois de acirrada disputa entre o candidato do PT (Partido dos Trabalhadores), Luís Inácio Lula da Silva, e Fernando Collor de Mello, candidato do PRN (Partido da Renovação Nacional), apoiado pela direita e pela população mais pobre, Fernando Collor saiu vencedor.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Seminários de Resultados e Avaliações_2 GQ
Seminário de Resultados_2ª Apresentação
Quem Somos (Assessoria)
Nosso Cliente (Nome)
Quem é o cliente
Diagnóstico
Planejamento (Projetos)
Cronograma de Atividades
Avaliação da Empresa
Conteúdo da Pasta
Perfil
Diagnostico
Plano de Ação (Projetos)
Cronograma de Ações
Relatórios Individuais
Relatório dos Grupos
Avaliação do Cliente
CD com apresentação
Autorização do Cliente
Clipping Impresso e Eletrônico
Critérios de Avaliação
Organização
Criatividade
Conteúdo
1ª Apresentação_ dia 29 de Maio (Sábado)
1_ Grupo_Flair Play Comunicação
2_ Grupo_Terceira Margem Comunicação
3_Grupo_A3L Comunicação
4_Grupo_Comunica Express
2ª Apresentação_dia 02 de Junho (Quarta-Feira)
1_Grupo_Converse Comunicação
2_Grupo_Nativa Comunicação
3_Grupo_Delta Comunicação
4_Grupo_Azul Comunicação
3ª Apresejntação_dia 05 de Junho (Sábado)
1_Grupo_Actus Comunicação
2_Grupo_Expressa Comunicação
3_Grupo_Rumo Assessoria
4_Grupo_Pólo Comunicação
2GQ
Seminário de Resultados
Pontuação_Zero a Cinco pontos
Apresentação: 1 apresentador
Avaliação: Banca Examinadora
Prova Escrita_22 de Maio_Sábado
Fonte: Manual Gerenciamento de Crises_
Avaliação: 1º Questão
Pontuação_Zero a Três Pontos
Livro
Texto Análise_ O Segredo de Luiza_autor Fernando Dolabela_Pontuação_Zero a dois Pontos_26 de Maio_(Quarta-Feira)
Pontuação: 0 a 2 pontos
Planejando a Abertura da sua Empresa
1 Dia_12 de Maio (Quarta-Feira)_Ketlin Machado (consultora do Sebrae)
2 Dia_15 de Maio (Sábado)_Ketlin Machado (consultora do Sebrae)
Quem Somos (Assessoria)
Nosso Cliente (Nome)
Quem é o cliente
Diagnóstico
Planejamento (Projetos)
Cronograma de Atividades
Avaliação da Empresa
Conteúdo da Pasta
Perfil
Diagnostico
Plano de Ação (Projetos)
Cronograma de Ações
Relatórios Individuais
Relatório dos Grupos
Avaliação do Cliente
CD com apresentação
Autorização do Cliente
Clipping Impresso e Eletrônico
Critérios de Avaliação
Organização
Criatividade
Conteúdo
1ª Apresentação_ dia 29 de Maio (Sábado)
1_ Grupo_Flair Play Comunicação
2_ Grupo_Terceira Margem Comunicação
3_Grupo_A3L Comunicação
4_Grupo_Comunica Express
2ª Apresentação_dia 02 de Junho (Quarta-Feira)
1_Grupo_Converse Comunicação
2_Grupo_Nativa Comunicação
3_Grupo_Delta Comunicação
4_Grupo_Azul Comunicação
3ª Apresejntação_dia 05 de Junho (Sábado)
1_Grupo_Actus Comunicação
2_Grupo_Expressa Comunicação
3_Grupo_Rumo Assessoria
4_Grupo_Pólo Comunicação
2GQ
Seminário de Resultados
Pontuação_Zero a Cinco pontos
Apresentação: 1 apresentador
Avaliação: Banca Examinadora
Prova Escrita_22 de Maio_Sábado
Fonte: Manual Gerenciamento de Crises_
Avaliação: 1º Questão
Pontuação_Zero a Três Pontos
Livro
Texto Análise_ O Segredo de Luiza_autor Fernando Dolabela_Pontuação_Zero a dois Pontos_26 de Maio_(Quarta-Feira)
Pontuação: 0 a 2 pontos
Planejando a Abertura da sua Empresa
1 Dia_12 de Maio (Quarta-Feira)_Ketlin Machado (consultora do Sebrae)
2 Dia_15 de Maio (Sábado)_Ketlin Machado (consultora do Sebrae)
Aula_28 de abril
Na Aula Passada
Gerenciamento de Crises
Perfil
Autorização do Cliente
Diagnóstico
Planejamento de Ação
Cronograma
Acompanhamento das Equipes
Avaliação das Provas
Texto Análise_Bola Pra Frente
Na Aula de Hoje
Assessoria de Imprensa
Texto Análise
Gerenciamento de Crises
Perfil
Autorização do Cliente
Diagnóstico
Planejamento de Ação
Cronograma
Acompanhamento das Equipes
Avaliação das Provas
Texto Análise_Bola Pra Frente
Na Aula de Hoje
Assessoria de Imprensa
Texto Análise
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Análise_Feito Mágica
Ao vencer o desafio da bagunça e colocar um pouco de ordem no seu dia-a-dia, você ganha tempo, espaço, energia e liberdade para se dedicar àquilo de que mais gosta
Autor da famosa canção erótica “Je T’Aime,Moi Non Plus”, o boêmio compositor francês Serge Gainsbourg era a imagem do desleixo: cabelo desgrenhado, barba por fazer, um copo de licor Pastis na mão e um cigarro Gitanes na outra.O enfant terrible do pop francês fumava cinco maços de cigarro por dia, tomava porres homéricos e chegou a ser preso uma vez, por incendiar um restaurante. Em outras palavras, Gainsbourg era o caos feito pessoa.Dentro de casa, no entanto, ele tinha uma verdadeira obsessão pela ordem.Na residência número 5 da Rue de Verneuil, no bairro de St.-Germain, em Paris, tudo tinha que estar impecável, cada coisa no seu devido lugar, seguindo à risca as regras estipuladas por ele. Os cômodos da casa eram pintados de preto. A cor também estava presente no chão de mármore, na lareira, no sofá e no piano Steinbeck.Até o mordomo era negro. Para Gainsbourg, a cor preta tinha um efeito tranqüilizador. “Ele dizia que tinha uma bagunça tão grande dentro da cabeça que não conseguia tolerar a falta de ordem à sua frente. Ele teria enlouquecido”, conta Jane Birkin, durante anos musa e companheira do compositor, no livro Serge Gainsbourg – Um Punhado de Gitanes.
Assim como Gainsbourg, todos nós precisamos de um pouco de ordem na vida. Isso é o que torna nossa existência viável. É como os trilhos de um trem. Se não estiverem muito bem encaixados e ordenados, o trem descarrila. Agora, se estiver tudo no lugar certo, chegamos ao nosso destino final e, mais que isso, ainda apreciamos as paisagens que surgem durante o caminho. Parece tudo muito poético, mas sem nenhuma utilidade prática? Pois saiba que ela existe, sim, já que algo muito semelhante acontece em nosso cotidiano. Quanto mais nos organizamos (quanto mais os trilhos estão em ordem), mais ganhamos tempo, espaço, energia e liberdade para nos direcionarmos àquilo que realmente nos interessa (chegar ao lugar certo) e nos dá prazer (curtir a paisagem). É muito comum a gente reclamar de não ter tempo de ir ao cinema, realizar uma atividade física ou sair com os amigos, tamanha é a quantidade de trabalho, contas para pagar e obrigações familiares a cumprir. De fato, o mundo está cada vez mais exigente e complicado. Mas vai continuar dessa maneira. Portanto, o melhor a fazer é aprender a lidar com ele. E, com um pouco de organização, tudo fica mais fácil.
Por causa da bagunça,muitas vezes perdemos tempo, dinheiro e paz de espírito com coisas absolutamente desnecessárias. Quem nunca entrou em pânico por não conseguir encontrar um documento importante? Quem nunca teve que pagar multa – e ainda correu o risco de ter a linha cortada – por se esquecer de pagar a conta de telefone? Todo mundo já passou, uma vez ou outra, por situações como essas. Até aí, tudo bem. O problema é quando situações assim passam a ser tão freqüentes que tomam conta da nossa vida. “Os muito desorganizados sofrem muito. É como ter um vírus que vai se alastrando. Começa com um problema aqui, passa a afetar outra área ali, vai crescendo e, quando vê, a pessoa perdeu o controle da situação”, diz Kelley Lara, palestrante da OZ! Sistemas de Organização, que dá cursos e presta assessoria na área. No ambiente de trabalho, por exemplo, um dos custos da bagunça é a menor produtividade. O desorganizado demora mais para encontrar o que precisa em meio à montanha de papelada, correspondência velha e até lixo espalhado pela sua mesa. Por causa da bagunça (física e mental), muitas vezes ele tem que refazer uma mesma tarefa e não é visto como confiável pelo chefe, já que tem dificuldade para cumprir prazos. Pior ainda: vira alvo de gozações por parte dos colegas. “Tudo isso abala a auto-estima da pessoa, que fica ansiosa, insegura e se sente incompetente. Em casos extremos, pode levar à depressão”, diz Kelley. O contrário também pode ser dito: em muitos casos de depressão, as características de organização de cada pessoa lentamente se deterioram.
Mais energia_Mais especo_Mais tempo_Mais liberdade
O que fazer então para colocar um pouco de ordem no dia-a-dia? E, afinal, o que significa se organizar? “Organizar- se é controlar a própria vida, escolher as prioridades, determinar o que é realmente importante e livrar-se do que é excessivo”, resume a expert norte-americana Donna Smallin, que escreveu três livros sobre o assunto, entre eles o Organize-se. É claro que não existe uma forma única de organização perfeita.Mas os especialistas dão algumas dicas que podem nos ajudar a vencer o desafio da bagunça. Você pode escolher as que são mais adequadas ao seu caso e adaptá-las de acordo com seu estilo. A solução perfeita, na verdade, é aquela que funciona melhor para você.
Os especialistas concordam que para se organizar é necessário planejamento. Com tantos estímulos disputando nossa atenção ao mesmo tempo, é muito fácil se dispersar e deixar o caos tomar conta de tudo. Mas, com planejamento, a gente poupa energia, direcionando-a apenas àquilo que é fundamental. Em termos práticos, isso significa reservar alguns minutos pela manhã para decidir o que fazer durante o dia. Para isso, basta fazer uma lista de tarefas. Simples, não? Isso evita aquele pânico tão comum de ter tantas “coisas a fazer” que a gente não sabe nem por onde começar e que é um convite à procrastinação, aquela característica de deixar tudo “para amanhã” (e esse amanhã nunca chega). Com uma visão geral do que é preciso fazer, você consegue estabelecer suas prioridades. Comece da tarefa mais importante até chegar à menos importante e vá riscando. Você vai se impressionar com a quantidade de coisas que é capaz de fazer em um só dia.
Periodicamente, coloque no papel seus objetivos de médio e longo prazo. Esses planos são sua carta de navegação, aquilo que vai ajudá-lo a manter o foco e a não gastar tempo e energia com o que não é fundamental. Com ele em mente, a cada dia você pode dar um passo a mais em direção à sua realização.Mas lembre-se: seja flexível e esteja preparado para fazer os ajustes que serão inevitáveis ao longo do percurso. Afinal, esses planos são apenas para nos auxiliar e não para nos deixar amarrados. Freqüentemente eles devem ser atualizados e, no caminho, muitos acabam sendo descartados.
Autor da famosa canção erótica “Je T’Aime,Moi Non Plus”, o boêmio compositor francês Serge Gainsbourg era a imagem do desleixo: cabelo desgrenhado, barba por fazer, um copo de licor Pastis na mão e um cigarro Gitanes na outra.O enfant terrible do pop francês fumava cinco maços de cigarro por dia, tomava porres homéricos e chegou a ser preso uma vez, por incendiar um restaurante. Em outras palavras, Gainsbourg era o caos feito pessoa.Dentro de casa, no entanto, ele tinha uma verdadeira obsessão pela ordem.Na residência número 5 da Rue de Verneuil, no bairro de St.-Germain, em Paris, tudo tinha que estar impecável, cada coisa no seu devido lugar, seguindo à risca as regras estipuladas por ele. Os cômodos da casa eram pintados de preto. A cor também estava presente no chão de mármore, na lareira, no sofá e no piano Steinbeck.Até o mordomo era negro. Para Gainsbourg, a cor preta tinha um efeito tranqüilizador. “Ele dizia que tinha uma bagunça tão grande dentro da cabeça que não conseguia tolerar a falta de ordem à sua frente. Ele teria enlouquecido”, conta Jane Birkin, durante anos musa e companheira do compositor, no livro Serge Gainsbourg – Um Punhado de Gitanes. Assim como Gainsbourg, todos nós precisamos de um pouco de ordem na vida. Isso é o que torna nossa existência viável. É como os trilhos de um trem. Se não estiverem muito bem encaixados e ordenados, o trem descarrila. Agora, se estiver tudo no lugar certo, chegamos ao nosso destino final e, mais que isso, ainda apreciamos as paisagens que surgem durante o caminho. Parece tudo muito poético, mas sem nenhuma utilidade prática? Pois saiba que ela existe, sim, já que algo muito semelhante acontece em nosso cotidiano. Quanto mais nos organizamos (quanto mais os trilhos estão em ordem), mais ganhamos tempo, espaço, energia e liberdade para nos direcionarmos àquilo que realmente nos interessa (chegar ao lugar certo) e nos dá prazer (curtir a paisagem). É muito comum a gente reclamar de não ter tempo de ir ao cinema, realizar uma atividade física ou sair com os amigos, tamanha é a quantidade de trabalho, contas para pagar e obrigações familiares a cumprir. De fato, o mundo está cada vez mais exigente e complicado. Mas vai continuar dessa maneira. Portanto, o melhor a fazer é aprender a lidar com ele. E, com um pouco de organização, tudo fica mais fácil.
Por causa da bagunça,muitas vezes perdemos tempo, dinheiro e paz de espírito com coisas absolutamente desnecessárias. Quem nunca entrou em pânico por não conseguir encontrar um documento importante? Quem nunca teve que pagar multa – e ainda correu o risco de ter a linha cortada – por se esquecer de pagar a conta de telefone? Todo mundo já passou, uma vez ou outra, por situações como essas. Até aí, tudo bem. O problema é quando situações assim passam a ser tão freqüentes que tomam conta da nossa vida. “Os muito desorganizados sofrem muito. É como ter um vírus que vai se alastrando. Começa com um problema aqui, passa a afetar outra área ali, vai crescendo e, quando vê, a pessoa perdeu o controle da situação”, diz Kelley Lara, palestrante da OZ! Sistemas de Organização, que dá cursos e presta assessoria na área. No ambiente de trabalho, por exemplo, um dos custos da bagunça é a menor produtividade. O desorganizado demora mais para encontrar o que precisa em meio à montanha de papelada, correspondência velha e até lixo espalhado pela sua mesa. Por causa da bagunça (física e mental), muitas vezes ele tem que refazer uma mesma tarefa e não é visto como confiável pelo chefe, já que tem dificuldade para cumprir prazos. Pior ainda: vira alvo de gozações por parte dos colegas. “Tudo isso abala a auto-estima da pessoa, que fica ansiosa, insegura e se sente incompetente. Em casos extremos, pode levar à depressão”, diz Kelley. O contrário também pode ser dito: em muitos casos de depressão, as características de organização de cada pessoa lentamente se deterioram.
Mais energia
O que fazer então para colocar um pouco de ordem no dia-a-dia? E, afinal, o que significa se organizar? “Organizar- se é controlar a própria vida, escolher as prioridades, determinar o que é realmente importante e livrar-se do que é excessivo”, resume a expert norte-americana Donna Smallin, que escreveu três livros sobre o assunto, entre eles o Organize-se. É claro que não existe uma forma única de organização perfeita.Mas os especialistas dão algumas dicas que podem nos ajudar a vencer o desafio da bagunça. Você pode escolher as que são mais adequadas ao seu caso e adaptá-las de acordo com seu estilo. A solução perfeita, na verdade, é aquela que funciona melhor para você.
Os especialistas concordam que para se organizar é necessário planejamento. Com tantos estímulos disputando nossa atenção ao mesmo tempo, é muito fácil se dispersar e deixar o caos tomar conta de tudo. Mas, com planejamento, a gente poupa energia, direcionando-a apenas àquilo que é fundamental. Em termos práticos, isso significa reservar alguns minutos pela manhã para decidir o que fazer durante o dia. Para isso, basta fazer uma lista de tarefas. Simples, não? Isso evita aquele pânico tão comum de ter tantas “coisas a fazer” que a gente não sabe nem por onde começar e que é um convite à procrastinação, aquela característica de deixar tudo “para amanhã” (e esse amanhã nunca chega). Com uma visão geral do que é preciso fazer, você consegue estabelecer suas prioridades. Comece da tarefa mais importante até chegar à menos importante e vá riscando. Você vai se impressionar com a quantidade de coisas que é capaz de fazer em um só dia.
Periodicamente, coloque no papel seus objetivos de médio e longo prazo. Esses planos são sua carta de navegação, aquilo que vai ajudá-lo a manter o foco e a não gastar tempo e energia com o que não é fundamental. Com ele em mente, a cada dia você pode dar um passo a mais em direção à sua realização.Mas lembre-se: seja flexível e esteja preparado para fazer os ajustes que serão inevitáveis ao longo do percurso. Afinal, esses planos são apenas para nos auxiliar e não para nos deixar amarrados. Freqüentemente eles devem ser atualizados e, no caminho, muitos acabam sendo descartados.
Mais espaço
Não espere organizar tudo de uma vez só. Quem tem uma vida muito desorganizada não fez isso da noite para o dia e vai levar um tempo até conseguir colocá-la em ordem – e mais ainda para conseguir mantê-la organizada. Já no século 17 o filósofo francês René Descartes, autor do Discurso sobre o Método, falava da importância de, ao se estudar um fenômeno complexo, dividi-lo ao máximo em partes menores e mais simples, de forma a tornar possível entendê-lo. O mesmo método vale para arrumar nossa vida. Essa tarefa (gigantesca para muitos, sem dúvida) tem que ser feita aos poucos, realizando uma coisa de cada vez. Cada passo bem-sucedido é um estímulo para continuar nessa direção.
Que tal começar arrumando seu quarto? Isso mesmo. Simples assim.O bê-á-bá. Já reparou como nos momentos em que precisamos nos concentrar, realizar um trabalho importante, em primeiro lugar arrumamos o espaço físico ao nosso redor para então seguir em frente com nossa tarefa? Isso não é à toa.“O caos físico gera desorganização mental e vice-versa. Ao organizar o nosso espaço, nós nos organizamos mentalmente também”, diz Kelley.É como a casa arrumadinha e pintadinha de preto do nosso amigo bebum Serge Gainsbourg, personagem do início desta reportagem. Ele precisava disso para não enlouquecer com a vida caótica que levava fora. Depois do quarto, passe para a cozinha, depois para a sala, o banheiro, o escritório, o carro e tudo mais que estiver ao seu redor. Mas vá aos poucos, claro, sem grande afobação. Ou seja: muitas vezes somos desorganizados porque, uma vez, deixamos uma pequena parcela de bagunça tomar conta de algum aspecto da nossa vida. Essa primeira centelha se espalha e pronto: a balbúrdia tomou conta. Aí, até como defesa, acaba sendo natural evitar o confronto com a desorganização.
Em casa ou no trabalho, livre-se da bagunça – o excesso de coisas sem as quais você pode viver melhor. “Tenha como meta cercar-se apenas de coisas que você usa e das quais gosta e desfaça- se de tudo aquilo que só ocupa seu valioso espaço”, diz Donna. Para simplificar a vida e torná-la mais produtiva, é importante aprender a descartar, a livrar-se do que é desnecessário. No caso de roupas, por exemplo, que tal separar aquelas que você não usa mais (e que só ocupam espaço no armário e juntam poeira) para dar a quem precisa? Elas também podem render um dinheirinho extra, se você vendê-las a um brechó.O mesmo vale para livros e revistas.Guarde os que são importantes para você e doe o restante para bibliotecas públicas ou para o consultório do seu dentista.Você também pode trocá-los por outros ou até mesmo vendê-los a um sebo.
Para algumas pessoas,descartar pode ser um processo difícil e até mesmo doloroso.Muitas vezes quem acumula possui vínculos emocionais com os objetos e não consegue se livrar deles. Minha mãe, por exemplo, mesmo agora que os filhos são adultos, ainda guarda boa parte dos objetos de quando eu e os meus irmãos éramos crianças. Até mesmo os cadernos escolares! “Você pode ajudá-la oferecendo uma troca”, me aconselha Kelley.“No lugar de guardar todos os seus brinquedos de infância, por exemplo, peça a ela que escolha apenas um ou dois, os mais significativos. O restante pode ser doado”, afirma.
Às vezes uma grande mudança vira nossa vida de cabeça para baixo. Foi o que aconteceu com a administradora de empresas Cristiane Berezin, 36, quando deu à luz as gêmeas Esther e Laura há um ano e meio. “Fiquei perdida”, conta. Com depressão pós-parto, ela ficou ainda mais abalada porque suas filhas tiveram uma inflamação nos bronquíolos.“Me senti culpada”, diz Cristiane, que na época já era mãe de uma menina hoje com 4 anos. Ela também recebia nos fins de semana os filhos do casamento anterior do marido. “De repente me vi com cinco crianças para cuidar,além do meu marido, da minha casa e do meu trabalho. Era muita coisa para mim”, afirma.Aos poucos, porém, a administradora foi colocando ordem no dia-a-dia de forma a ser capaz de lidar com tantas demandas diferente. Fez terapia e se mudou de São Paulo para Atibaia, em busca de uma vida mais tranqüila. Contratou uma babá e procurou dicas de organização em sites da internet. Pediu auxílio de um serviço especializado quando se mudou de casa.“Hoje, para me organizar, faço listas no computador das compras de supermercado, feira, farmácia e utensílios para as crianças. Quando acaba o pão, já marco na lista. Coloco etiquetas nas roupas dos bebês e ensino à empregada e à babá como manter tudo organizado. Delego funções e divido também as tarefas com meu marido”, diz. “Sem tudo isso, minha vida seria um caos. É claro que às vezes algumas coisas saem erradas, mas faz parte.”
Mais tempo
Na hora da arrumação, procure estabelecer nichos específicos para cada coisa. Escolha, por exemplo, um lugar para deixar sempre a chave de casa. Outro para guardar os documentos mais importantes. Compre uma pasta para colocar todas as contas.Mas preste atenção para que essa organização seja feita de forma prática, pois, quanto mais você complica, mais difícil será mantê-la. A organização serve para facilitar a vida e não para dificultá-la.
Além do “efeito organização interna”, colocar cada coisa em seu lugar (e mantê-la ordenada) ajuda a poupar tempo, esse bem tão desejado nos nossos dias. “Ao contrário do que muita gente pensa, organizar o espaço não é uma perda de tempo. É um ganho,pois você vai saber exatamente onde estão as coisas e não vai mais perder minutos preciosos ou até mesmo horas preciosas procurando-as”, afirma a psicóloga Sâmia Simurro, vice-presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV).
Mais liberdade
É claro que regras demais são uma ameaça à criatividade, uma qualidade fundamental. No limite, podem até ser sinal de doença, como a do transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Portanto, não vamos exagerar. Ninguém aqui quer pregar o fim da espontaneidade. Afinal, a vida não teria graça nenhuma sem ela. Algumas das mais belas canções de amor do mundo não teriam sido criadas por Gainsbourg se ele tivesse levado apenas uma vida certinha, monótona e cheia de regras. Estamos falando de uma organização que, na medida certa, serve em grande medida para simplificar nossa vida. Trata-se, na realidade,de uma forma de libertação.Uma boa síntese disso é feita pelo filósofo Mario Sergio Cortella, professor da PUC de São Paulo.Diz ele: “Tenho uma razão muito simples para ser uma pessoa organizada: gosto muito de cultivar o ócio.Quanto mais organizado eu sou, mais tempo livre eu tenho para me dedicar àquilo de que mais gosto. Ou seja, ficar sem fazer nada e sem culpa”.Um ótimo motivo, não?
Para saber mais
Livros:
• Organize-se – Soluções Simples e Fáceis para Vencer o Desafio Diário da Bagunça, Donna Smallin, Gente
• A Arte de Fazer Acontecer, David Allen, Campus
Fonte: Revista Vida Simples
Análise_Bola Pra Frente
Bola Pra Frente
Tem dias que a gente convive com a sensação incômoda de que era melhor não ter levantado da cama. As horas custam a passar e ficamos com a impressão de que tudo parou, pelo menos em nossa vida. Se fôssemos poetas, como o Chico, diríamos algo como: "Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. A gente estancou de repente, ou foi o mundo então que cresceu...".
Não importa o que você faça, sua profissão ou seu grau de sucesso. Você certamente já experimentou esse sentimento de que algo está errado e que, provavelmente, nada mais dará certo. Não há ninguém no mundo que já não tenha sentido o gosto do fracasso, da perda, da desesperança. Os motivos podem ser os mais variados, da perda do emprego até o fim de um amor - ou mesmo a percepção de que um sonho antigo, tão querido e acalentado, provavelmente não se realizará.
Em grau maior, às vezes ficamos pasmos e mudos diante das notícias do jornal sobre o que estão fazendo com nosso mundinho em todos os lugares. Desde o bairro aqui do lado, onde um crime passional aconteceu, até aqueles países em que o fundamentalismo mostra a (feia) cara.
Tem dias que parece que a nossa bola parou de rolar. Ou, pior, parece que estamos quase fazendo um gol contra. Muito cuidado nessa hora. É melhor baixar a emoção por um instante, conter o ímpeto de fazer a primeira loucura que passar pela cabeça. O melhor é mandar a bola pra frente, que é para onde ela sempre deve estar indo, em direção ao seu destino.
Vamos ser honestos: este texto, apesar de ser uma prosa, parece que está tentando parecer poesia, não é mesmo? Apelando para a emoção, citando uma frase musical e lembrando uma das expressões idiomáticas mais utilizadas em nosso país - bola pra frente! Pois é, mas apesar dessa aparência romântica, estamos tratando de um assunto tão sério quanto corriqueiro. Afinal, a necessidade que temos de olhar para a frente e enfrentar a carga de forças contrárias é muito grande.
Quando comecei a pensar nesse tema, me detive numa auto-análise, tentando lembrar quantas vezes vivi essa situação de ter que engolir em seco e continuar o jogo, apesar das circunstâncias. Conversando com amigos, recebi a mesma informação. Todos relatam coleções de momentos de retomada do jogo. Um chegou a me dizer: "Eu nunca saí do jogo, mas parece que o estou (re)começando quase todos os dias".
Pensando bem, é isso mesmo que fazemos o tempo todo: começamos o jogo de novo. Quem não tem a energia necessária para esse eterno começar fica de fora do jogo e, claro, perde. E haja energia...
Energia para continuar
De modo geral, todos sabemos o que é energia e que resultados ela produz. E sabemos também que a energia pode se manifestar de diversas formas: térmica, mecânica, elétrica, nuclear etc. Vale lembrar que existe uma lei explicando que a quantidade total de energia no Universo, que é um sistema fechado, nunca se altera, só se transforma de um tipo em outro, num processo permanente. Também vale lembrar que nós todos possuímos dentro de nós uma energia só humana, a "energia psíquica".
O ser humano, de acordo com Jung (Carl G. Jung, 1875-1961), produz e depende desse tipo particular de energia para manter a própria vida. Jung apresentou esse conceito em seu livro Metamorfose e Símbolos da Libido, no qual chamou a energia psíquica pelo nome de "libido". Nisso foi diferente de Freud (Sigmund Freud, 1856-1939), que atribuía à libido uma significação exclusivamente sexual. No conceito junguiano, a libido, ou energia psíquica, tem um sentido mais amplo, ligado ao instinto permanente de viver, e se manifesta por tudo o que providencia a manutenção da vida, como a fome, a sede e a sexualidade, mas também o entusiasmo, o interesse, a vontade, a resiliência.
Resiliência? O que é isso? Mais uma vez a física: é a propriedade por meio da qual a energia armazenada num corpo deformado por um choque é devolvida quando cessa a tensão causadora da deformação. Em outras palavras, é a resistência de um corpo a um choque. A energia de um chute numa bola a deforma - mas apenas por um instante, pois logo essa energia é incorporada pela bola e transformada em deslocamento. Simples assim.
Mas é bom lembrar um detalhe pra lá de importante: a bola é resiliente porque tem uma tensão interna própria, que permite transformar a energia externa em movimento. Bola murcha não vai longe, pois se deforma e não recupera a forma original.
O mesmo ocorre com as pessoas. Os choques que recebemos, e não são poucos, podem ser transformados em movimento ou podem nos deformar e nos converter em uma massa amorfa e inerte, incapaz de reagir e ir longe. A diferença entre essas duas possibilidades depende da calibragem interna, da energia psíquica, da libido, da presença de Eros, o deus da Vida, em contraposição a Tanatos, o deus da Morte. Bola cheia é redonda, firme, boa de pegar, erótica. Bola murcha é desagradável, repugnante, não responde, parece morta.
Para que possamos mandar a "bola pra frente" precisamos estar redondos, firmes, bons de pegar, eróticos. O oposto disso você já sabe...
Jung diz que todos os fenômenos psíquicos são de natureza energética e vê a psique em incessante dinamismo. Correntes de energia cruzam-se continuamente. Tensões diferentes, pólos opostos, correntes em que a energia progride num sentido e regride no outro, promovendo movimentos constantes, aos quais podemos chamar de "vida interior", responsáveis também pelo relacionamento com o mundo repleto de variáveis.
Tudo se transforma
Segundo Jung, a energia psíquica se comporta como a energia física num sistema fechado, não pode ser perdida nem criada, apenas transformada. "Nenhum valor psíquico pode desaparecer sem que seja substituído por outro." Por isso, muito cuidado para canalizar adequadamente sua energia psíquica, pois quando ela sai do controle pode provocar alguns estragos.
Jung relata o tratamento de um paciente que, ao ser abandonado por sua noiva, que o trocou por outro, teve inicialmente uma reação indignada, mas cheia de energia construtiva, de alguém que deseja ir à forra, dar a volta por cima e não se deixar abater por esse infortúnio. No entanto, em lugar de fazer isso, ele deprimiu-se, abandonou a idéia de reagir e passou a apresentar sintomas físicos, com dores que não eram explicadas clinicamente. A energia foi canalizada para o corpo e o castigou.
Perceba a importância da "bola pra frente". A energia que estávamos dedicando a um projeto que terminou, ou fracassou, deve ser desviada para outro, sob pena de transformarmos essa energia numa fonte destrutiva da auto-estima e do próprio corpo. Os complexos nada mais são do que "nós" de energia. Auto-imagens que criamos a partir de momentos mal resolvidos, porque não conseguimos superar nem reagir aos choques externos. Baixa resiliência absorve a energia e não a devolve em forma de movimento. Interioriza e somatiza, transformando frustração em doença.
Não é incomum a gente ter essa sensação desagradável de não estar gostando do que está acontecendo. Nesses momentos, olhamos para a frente e vemos uma espécie de encruzilhada que se abre em dois caminhos, ambos misteriosos, e sabemos que um deles, com certeza, vai nos levar a sair do estado deplorável em que nos colocamos - ou nos colocaram. O problema é encontrar força e sabedoria para escolher o caminho certo, pois ir para o lado errado é uma forte tendência. Você já percebeu como tem gente que teima em escolher o lado errado da encruzilhada e vai por aí repetindo os erros e semeando lamúrias só para colher compaixão em troca?
O sábio persa Zaratustra disse, há muitos séculos, que há momentos na vida de um homem em que não basta ser apenas um homem, é preciso ser um super-homem. E isso significa que precisamos encontrar forças para vencer os inimigos. Ele alerta, porém, que nossos piores inimigos não são os de fora, mas os de dentro de nós mesmos, os "inimigos internos", e entre eles estão o medo, a ignorância e a indolência. Portanto, "bola pra frente" não significa chutar de qualquer maneira, obedecendo ao desespero, mas organizar a energia interna e concentrá-la no ato de reagir e continuar a vida de maneira mais coerente com os resultados que desejamos alcançar.
Apenas uma palavra
Nosso povo é acolhedor e dado ao relacionamento humano fraterno. É cheio de tiradas e frases de efeito, que podem alegrar, indignar, ridicularizar ou entusiasmar. Abraçar um amigo que se encontra num momento especialmente ruim e dizer-lhe simplesmente: "Bola pra frente, meu caro, a vida continua", pode parecer um conjunto de palavras vazias, mas pode - e comumente o faz - ter o efeito de mobilizar a energia psíquica da pessoa que, derrubada pela decepção ou pela dor, estava retida e ameaçava transformar-se em energia destrutiva.
Em seu belo livro O Velho e o Mar, Ernest Hemingway relata a história de Santiago, um velho pescador cubano que trava contato com dois infernos. O primeiro é a ausência de sorte, que o levou a ficar 84 dias sem pescar um peixe sequer. Diziam os outros pescadores que ele havia se transformado num salao, um azarento da pior espécie.
A fase ruim levou Santiago a conhecer a penúria e sua tristeza ficou maior quando perdeu seu auxiliar, um garoto que não só o ajudava como o admirava, mas que se transferiu para um barco de melhores resultados. Santiago, porém, não é homem de lamúrias, muito menos de desistências. Parte sozinho para alto-mar, sentindo falta do garoto, mas acompanhado por uma forte certeza de que "hoje será um grande dia para a pesca de marlins".
O segundo inferno ele conhece após ter visitado o céu. Fisga um peixe enorme, com o qual trava uma batalha de três dias. Consegue vencê-lo, trazê-lo até o pequeno barco e amarrá-lo ao costado - pois dentro não cabia, maior que o próprio barco ele era. Santiago, só contentamento, passa a viver o novo martírio. Tubarões, atraídos pelo sangue do peixe morto, começam a aparecer e a arrancar-lhe pedaços. Santiago ainda consegue matar três e, num momento, grita alto: "Um homem pode ser destruído, jamais vencido". Continua a lutar com as forças e as ferramentas que lhe restam. Todo em vão, pois os tubarões não param de chegar. Quando finalmente atinge a praia, apenas arrasta um enorme esqueleto inútil.
A cena que segue é repleta de tristeza - e enorme beleza. Seu amigo, o garoto aprendiz, o procura, declarando sua preocupação com o desaparecimento do mestre por três dias, e lhe diz que vai voltar a pescar com ele, pois quer aprender mais. Santiago, desolado, diz: "Não é mais possível, a sorte me abandonou por completo". Ao que o garoto retruca: "Não se preocupe, eu levarei a sorte comigo". Este argumento foi o suficiente para o "velho" se recuperar.
A desesperança dá lugar ao ânimo para seguir em frente. "Precisamos de uma nova lança. Podemos fazê-la com qualquer chapa de aço de um velho Ford." Rapidamente Santiago renasce, lembrando que ainda haveria pelo menos três dias de brisa forte, e que eles deveriam ser aproveitados. A sorte voltaria, trazida pela brisa da esperança. Exatamente como nossa vida deve ser; sempre pra frente...
Eugênio Mussak é biólogo e educador, consultor na área de desenvolvimento humano, autor e conferencista. Suas idéias objetivas podem ser encontradas em www.eugeniomussak.com.br
Fonte: Revista Vida Simples
Aula_17 de abril
Na Aula Passada
Texto para Assessoria
Análise: As Aparências Enganam
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Café da Manhã
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Cronograma de Ação
Análise: Bola pra Frente
Acompanhamento do trabalho dos grupos
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Análise_As Aparências Enganam
As Aparências Enganam
Observamos o mundo através dos sentidos e fazemos julgamentos que nem sempre correspondem à realidade
Quando penso em quantas vezes fui enganado pelas aparências, lembro de uma viagem que fiz pelo deserto da África. Estava em um caminhão especial para enfrentar as areias, e quem o conduzia era um israelense muito simpático chamado Avi. Em uma parada, tirava algumas fotos, quando o guia chamou minha atenção:
- Olhe lá um tuaregue.
- O quê? - perguntei, pensando que não estava entendendo seu inglês.
- Tuaregue, um habitante do deserto. É um povo nômade que viaja pelo deserto o tempo todo, apesar de que alguns já se transformaram em fazendeiros e se estabeleceram em regiões onde chove o suficiente. Mas eles gostam mesmo é de andar por aí...
- OK, Avi, eu sei sobre os tuaregues, mas você pode me dizer onde é que ele está, afinal de contas?
Meu amigo, cujos olhos estão acostumados às imagens enganosas do deserto, fez bastante esforço para que eu conseguisse finalmente enxergar um homem que puxava seu camelo preguiçosamente. Então, eu percebi o porquê de minha dificuldade em vê-lo: ele era da mesma cor ocre do camelo, que era da mesma cor da duna de areia em que estava, que, por sua vez, era da mesma cor do resto do deserto.
- Incrível, nem parece que tem alguém...
- Pois é, meu caro, no deserto nem tudo o que é parece ser, e nem tudo o que parece ser realmente é. Você vê miragens, que são coisas que não existem, e não vê os habitantes das areias, que são reais e estão ali na sua frente. Aliás, no deserto é como na vida, as aparências costumam enganar.
Realmente a vida é assim, enganosa em suas aparências. O filósofo grego Platão dizia que existem dois mundos interconectados: o das formas e o dos sentidos. No primeiro vive a verdade, a real essência das coisas, e no segundo vive a ilusão, pois este mundo é dependente da observação que fazemos do outro através de nossos sentidos - que não são confiáveis.
Platão poderia explicar o título deste artigo da seguinte forma: vemos o mundo através do que ele aparenta ser, e nem sempre as aparências correspondem à realidade, principalmente quando não prestamos a devida atenção aos fatos.
Ilusão pela imagem O que eu presenciei no deserto foi um exemplo de um fenômeno comum na natureza: o mimetismo. A palavra grega mimetós significa imitação, e mimetismo é um fenômeno em que um animal se parece com outro, ou se confunde com o meio em que vive, com a finalidade de levar alguma vantagem nessa simulação.
Há dois tipos: o mimetismo batesiano e o mimetismo milleriano. O primeiro é uma homenagem ao cientista inglês H. W. Bates (1825-1892); e o segundo, ao naturalista Fritz Muller (1822-1887), que nasceu na Alemanha mas passou a maior parte de sua vida em Blumenau, Santa Catarina, onde morreu, e de onde se correspondia com seus colegas europeus, principalmente Charles Darwin.
O mimetismo batesiano é o do animal que não quer ser visto. Ele ilude o observador, confundindo-se com o ambiente onde está, como o camaleão que assume a cor do local; ou o linguado, que se cobre com uma camada de areia no fundo do mar; ou ainda o bicho-pau, frágil inseto que se parece com um graveto. Foi também o caso do habitante do deserto.
Já o milleriano é o mimetismo do animal que quer parecer mais do que é. Trata-se de um exibicionista, que tenta impressionar e assustar o observador, como a borboleta que, de asas abertas, parece-se com uma coruja, o que afasta o passarinho que poderia comê-la; ou o sapo que infla seu papo, ficando muito maior do que de fato é, o que lhe dá um aspecto ameaçador.
As lições da natureza muitas vezes nos ajudam a entender as pessoas, pois há muitas, senão todas, que também fazem seus mimetismos. Enquanto algumas tentam não parecer o que realmente são, outras tentam parecer o que não podem ser. Tipos diferentes de mimetismo humano, que podem estar combinados dependendo do personagem.
O mundo inteiro é mimético, inclusive o mundo do dia-a-dia, que parece ser totalmente conhecido. A verdade é que estamos apenas acostumados a ele, então paramos de nos preocupar em observar e analisá-lo.
Quando isso acontece, passamos a ser enganados pelos sentidos. Num primeiro momento, só percebemos as aparências, e estas, com freqüência, nos enganam, e como...
Fonte: Revista Vida Simples
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Aula 14 de abril
Na Aula Passada
Prova Escrita
Fonte: JornalistasXJornalistas
O Caso Brasileiro
Na Aula de Hoje
Textos Para Assessoria
Texto Análise: As Aparências Enganam
Prova Escrita
Fonte: JornalistasXJornalistas
O Caso Brasileiro
Na Aula de Hoje
Textos Para Assessoria
Texto Análise: As Aparências Enganam
Aula 10 de abril
Na Aula de Hoje
Prova Escrita
Fonte: Jornalistas X Jornalistas
O Caso Brasileiro
Avaliação: 2 questões
Pontuação: Prova Prática (Seminário de Resultados) = 0 a 5 pontos
Prova Escrita: 1 questão: 0 a 2,5
2 questão: 0 a 2,5
Início: 7hs
Término: 9h10
Prova Escrita
Fonte: Jornalistas X Jornalistas
O Caso Brasileiro
Avaliação: 2 questões
Pontuação: Prova Prática (Seminário de Resultados) = 0 a 5 pontos
Prova Escrita: 1 questão: 0 a 2,5
2 questão: 0 a 2,5
Início: 7hs
Término: 9h10
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Aula_07 de abril
Na Aula Passada
Seminário de Resultados_1ª Parte
Na Aula de Hoje_2ª Parte
Critérios de Avaliação
O trabalho teve planejamento?
Os recursos utilizados foram adequados?
Você identificou segurança na apresentação?
O tempo foi bem aproveitado pelo grupo?
O que chamou mais a sua atenção?
Apresentação
1_Grupo 7 (Alepe)
Ana Caroline
Arjuna Escobar
Natassia Kelly
Rafaella Magna
2_Grupo 2 (M&P Assessoria)
Isabela Oliveira
Bernardo Arrais
Livio Mororo
Mayara Milenna
Paulo Henrique
3_Grupo 3 (Governo do Estado)
Beatriz Lacerda
Alan Vinicios
José Luis
Pedro da Costa
4_Grupo 1 (Caderno 1)
José Vitor
Lilith Perboire
Lis Veras
Hercules Liberal
Renata Oliveira
5_Grupo 9 (A Ponte)
Diego Ximenes
Chintya Freire
Victor Bastos
Thiago Hanken
Rodrigo Goes
6_Grupo 10 (Júpiter)
Thauanancy Nunes
Marcela Balbino
Felipe Paulino
Aline de Souza
Thargo Lima
7_Grupo 8 (Duxi Comunicação)
Lorena Tapavicsk
Raquelle Vacenberg
Jorge Arquimedes
Carolina Dalbuquerque
Tiago Cisneiros
8_Grupo 11 (Multi Comunicação)
Artur Sampaio
Camila Galindo
Camila Souza
Kamilla Nunes
Seminário de Resultados_1ª Parte
Na Aula de Hoje_2ª Parte
Critérios de Avaliação
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Os recursos utilizados foram adequados?
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O tempo foi bem aproveitado pelo grupo?
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José Vitor
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